"eu estou chuvendo muito mais do que lá fora,- como dizia a canção -
como que a gente pode ser tanta coisa indefinível, tanta coisa diferente?
[...]
a beleza de tudo é a certeza de nada, e o talvez torna a vida um pouco mais atraente."
Que medo de perder essa menina,
Que medo de perder as estribeiras, a direção, o coração.
Medo da estrada que me leva pra longe de tudo que me deixa perto de mim.
E esse medo, que a música corroe, que exausta, emancipa os valores,
Esse medo que me liberta do 'eu' cansado que esteve num outro mundo.
E, ah, eu tô me achando totalmente impossível, como labutar.
Como a labuta, que em sua propria expressão me tira os pés cansados, do céu azul.
Eu quero amar essa menina, com o amor que eu sinto queimar no meu peito.
Eu quero amar essa menina, com o amor que grita em minhas cordas vocais secas.
Eu quero amar essa menina, com o amor que meu amor sente, que só se sente uma vez na vida.
Eu não aguento mais chegar a bera do abismo, toda vez, tão perto, pra ver se a garota me salva.
E eu não me jogo, e pode ser até que eu goste, mas não suporto [...]
Eu me rendo!
Eu me rendo!
[...]
- Me dê a mão? Só para eu não escorregar, me cubra, com essa manta velha, e me leva pra longe daqui. Eu estive tão perto, tão longe.
Com amor, me perdoa.