segunda-feira, 27 de julho de 2009

canção, que traduziu.

"eu estou chuvendo muito mais do que lá fora,- como dizia a canção -
como que a gente pode ser tanta coisa indefinível, tanta coisa diferente?
[...]
a beleza de tudo é a certeza de nada, e o talvez torna a vida um pouco mais atraente."
Que medo de perder essa menina,
Que medo de perder as estribeiras, a direção, o coração.
Medo da estrada que me leva pra longe de tudo que me deixa perto de mim.
E esse medo, que a música corroe, que exausta, emancipa os valores,
Esse medo que me liberta do 'eu' cansado que esteve num outro mundo.
E, ah, eu tô me achando totalmente impossível, como labutar.
Como a labuta, que em sua propria expressão me tira os pés cansados, do céu azul.
Eu quero amar essa menina, com o amor que eu sinto queimar no meu peito.
Eu quero amar essa menina, com o amor que grita em minhas cordas vocais secas.
Eu quero amar essa menina, com o amor que meu amor sente, que só se sente uma vez na vida.
Eu não aguento mais chegar a bera do abismo, toda vez, tão perto, pra ver se a garota me salva.
E eu não me jogo, e pode ser até que eu goste, mas não suporto [...]
Eu me rendo!
Eu me rendo!
[...]
- Me dê a mão? Só para eu não escorregar, me cubra, com essa manta velha, e me leva pra longe daqui. Eu estive tão perto, tão longe.
Com amor, me perdoa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

estou tentando prender na memoria seus dedos,
seus olhos, seu cheiro,
tentando te prender na memoria.

tem um choro entalado na garganta
que não quer sair por medo de desabar.
tem uma voz na cabeça tentando acalmar tudo
que repete de forma incessante pra termos calma.
E tudo bem voz, eu tenho calma,
mas eu também tenho medo.
E o medo, esse medo, escurece o sol lindo que deveria estar naquele céu.
E deveria, meu bem, deveria estar no céu.
Não, não sinta de todo essa solidão.
Não chore assim, meu bebê.
vai ficar tudo bem,
e graças aos clichês do mundo,
vai sim, ficar tudo bem!
Quando sol se pôr, assista-o
É sinal, flor, sinal de estar acabando.
E conte!
Quando ele se pôr por umas seis ou sete vezes,
Sorria!
O próximo será ao meu lado.
Aí então,
Beije-me!

domingo, 19 de julho de 2009

21:00, 21:01.
guarda quieta a lembrança dos olhos da garota que lhe aperta as mãos. porque são eles que lhe fazem falta.
-

22:37
a gente vai embora, sem querer ir embora.
e dá um medo.
um medo
.

eu estou de olhos fechados.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

infinito.

quando você vai embora, assim desse jeito amargo


eu perco todos os meus alicerces.


e o céu escurece,


e o mundo entristece.


quando você segue teu caminho, assim desse jeito maluco


meu peito grita, grita aqui dentro, pra dizer que eu sou teu caminho,


eu, teu ninho.


e quando a estrada some, quando os olhos se perdem
entre as árvores interioranas


meus dedos doem, minha boca enrubrece, e tudo cai aos meus pés


os pés de acerolas, os pés de laranja, os cheiros, os gostos.


e quando a semana entra, sai de mim minha'alma, que perde-se,


entre os caminhos de barro, entre o tráfego livre de uma cidadezinha


e do que vale, pequena, ter esse universo letrificado


de que adianta, flor minha, ter esse céu azul aos meus pés,


se procuro em cada passo meu ,os teus?


em cada raio de sol, os teus olhos.


e só, quando você volta, a lua brilha, cheia.


e fico cheia, e fico gorda, cheia, de amor.