quarta-feira, 15 de julho de 2009

infinito.

quando você vai embora, assim desse jeito amargo


eu perco todos os meus alicerces.


e o céu escurece,


e o mundo entristece.


quando você segue teu caminho, assim desse jeito maluco


meu peito grita, grita aqui dentro, pra dizer que eu sou teu caminho,


eu, teu ninho.


e quando a estrada some, quando os olhos se perdem
entre as árvores interioranas


meus dedos doem, minha boca enrubrece, e tudo cai aos meus pés


os pés de acerolas, os pés de laranja, os cheiros, os gostos.


e quando a semana entra, sai de mim minha'alma, que perde-se,


entre os caminhos de barro, entre o tráfego livre de uma cidadezinha


e do que vale, pequena, ter esse universo letrificado


de que adianta, flor minha, ter esse céu azul aos meus pés,


se procuro em cada passo meu ,os teus?


em cada raio de sol, os teus olhos.


e só, quando você volta, a lua brilha, cheia.


e fico cheia, e fico gorda, cheia, de amor.

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